Quarta-feira, 9 de Julho de 2008
Seja bem vindo!!!
Marquês de Pombal |
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- O nome do Marquês de Pombal era Sebastião José de Carvalho e Melo, mas todos o conheciam por este título, que lhe foi dado pelo rei D. José.
- Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em Lisboa, em 1699. Apesar de pertencer a uma família nobre, os seus pais não tinham muito dinheiro. Mesmo assim, estudou na Universidade de Coimbra.
- Entre 1738 e 1749, representou Portugal em Londres (Inglaterra) e em Viena (Áustria) em missões diplomáticas.
- Quando D. José subiu ao trono, depois da morte de D. João V, Sebastião José de Carvalho e Melo foi chamado de volta à corte de Lisboa para ser ministro deste rei.
- Foi o rei D. José que lhe deu os dois títulos que teve. Primeiro, ganhou o título de Conde de Oeiras, em 1759, e, depois, o de Marquês de Pombal, em 1769.
- Durante o seu trabalho como ministro, o Marquês de Pombal fez muitas reformas, que agradaram a alguns, mas na altura desagradaram a muitos.
- Por exemplo, foi ele o principal responsável pela expulsão dos Jesuítas (membros de uma ordem religiosa católica), através do encerramento de vários colégios que eles tinham.
- O Marquês de Pombal defendia o absolutismo, que é a ideia de que todos os poderes devem estar nas mãos do rei. Foi por isso que tomou uma série de medidas para lhe dar mais poder e retirá-lo a classes sociais como o clero.
- Com esse objectivo, protegeu o comércio português, criou companhias monopolistas, reformou a Universidade de Coimbra e reorganizou o exército.
- Tudo isto para dar mais poder ao rei, mas era o Marquês que tinha tudo nas mãos!
- Além das reformas que fez, o Marquês de Pombal tornou-se uma figura muito importante na História de Portugal por causa do terramoto de Lisboa, que aconteceu em 1755.
- Depois do terramoto, o Marquês ficou responsável pela reconstrução da cidade. Foi ele que reconstruiu a baixa lisboeta com todas aquelas ruas paralelas e perpendiculares. Também mandou alterar o modo de construção das casas, para prevenir mais terramotos.
- É por isso que a baixa lisboeta é conhecida como "baixa pombalina".
- O problema é que a maioria das pessoas (sobretudo nas classes altas, os nobres e o clero) não gostava das reformas que o Marquês estava a fazer, porque lhes retirava privilégios e os impedia de fazerem o que queriam...
- Quando o rei D. José morreu e a rainha D. Maria I subiu ao trono, em 1777, o Marquês foi afastado do seu trabalho na corte.
- Em 1779, depois de uma queixa contra ele feita por um comerciante muito importante, o Marquês de Pombal foi condenado ao desterro! Como já era muito idoso, não o obrigaram a ir para o estrangeiro.
- O Marquês foi, então, para Pombal, onde viveu até ao dia da sua morte, em 8 de Maio de 1782.
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Sábado, 1 de Dezembro de 2007
Dia da Restauração da Independência |
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- Como deves saber, hoje, dia 1 de Dezembro é feriado em Portugal. Neste dia comemora-se o Dia da Restauração da Independência.
- Queres saber porquê?
Tudo começou em finais do séc. XVI: o rei de Portugal era D. Sebastião. - Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África. Portugal ficou, assim, sem rei, pois D. Sebastião era muito novo e ainda não tinha filhos, não havia herdeiros directos para a coroa portuguesa.
- Assim, quem subiu ao trono foi o Cardeal D. Henrique, que era tio-avô de D. Sebastião. Mas só reinou durante dois anos porque nem todos estavam de acordo com ele como novo rei.
Mas atenção: estas coisas nunca são simples, houve muitos pretendentes e isto deu muita confusão... - Em 1580, nas Cortes de Tomar, Filipe II, rei de Espanha, foi escolhido como o novo rei de Portugal. A razão para a escolha foi simples: Filipe II era filho da infanta D. Isabel e também neto do rei português D. Manuel, por isso tinha direito ao trono.
- Nesta altura, era frequente acontecerem casamentos entre pessoas das cortes de Portugal e Espanha, o que fazia com que houvesse espanhóis que pertenciam à família real portuguesa e portugueses que pertenciam à família real espanhola.
- Durante 60 anos, viveu-se em Portugal um período que ficou conhecido na História como "Domínio Filipino". Depois do reinado de Filipe II (I de Portugal), veio a governação de Filipe III (II de Portugal) e Filipe IV (III de Portugal). Estes reis governavam Portugal e Espanha ao mesmo tempo, como um só país.
- Os portugueses acabaram por revoltar-se contra esta situação e, no dia 1 de Dezembro de 1640, puseram fim ao reinado do rei espanhol num golpe palaciano (um golpe só para derrubar o rei e o seu governo).
- Sabias que havia também defensores do rei espanhol em Portugal? Mas o povo não gostava disso porque o País não era governado com justiça e havia muitos problemas e ataques às províncias ultramarinas e, especialmente, ao Brasil.
- Na altura, a Duquesa de Mântua era vice-rainha e Miguel de Vasconcelos era escrivão da Fazenda do Reino. Tinha imenso poder.
No dia 1 de Dezembro de 1640, os Restauradores mataram-no a tiro e foi defenestrado (atirado da janela abaixo) no Paço da Ribeira. - Filipe III abandonou o trono de Portugal e os portugueses escolheram D. João IV, duque de Bragança, como novo rei.
- O dia 1 de Dezembro passou a ser comemorado todos os anos como o Dia da Restauração da Independência de Portugal, já que o trono voltou para um rei português.
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Sexta-feira, 5 de Outubro de 2007
Olá. Seja bem vindo!!!
Domingo, 15 de Julho de 2007
Seja bem vindo!!!
Nome | Imagem | Período de governação | Profissão, para além de ser político | Factos da presidência |
Teófilo Braga
| | 1910 – 1911
| Escritor e professor
| Presidente do Governo Provisório até à eleição de Manuel de Arriaga |
Manuel de Arriaga | | 1911 – 1915
| Escritor e advogado
| Foi o primeiro Presidente. Eleito e mais tarde demitiu-se do cargo |
Teófilo Braga | | 1915
| Escritor e professor
| Eleito e cumpriu o mandato até Bernardino Machado |
Bernardino Machado | | 1915 - 1917
| Professor
| Eleito e deposto |
Sidónio Pais | | 1918
| Militar, professor e diplomata | Tomou o poder e foi assassinado |
Canto e Castro
| | 1918 - 1919
| Almirante e governador ultramarino
| Nomeado e mais tarde renunciou ao cargo |
António José de Almeida
| | 1919 - 1923
| Médico e professor
| Eleito |
Manuel Teixeira Gomes
| | 1923 - 1925
| Escritor e diplomata
| Eleito |
Bernardino Machado
| | 1925 - 1926
| Professor
| Eleito e deposto |
Mendes Cabeçadas
| | 1926
| Militar
| Nomeado e deposto |
Gomes da Costa
| | 1926
| Militar
| Nomeado e deposto |
Óscar Carmona
| | 1926 - 1928 (neste período acumulou com o cargo de chefe de ministério)
| Militar
| Nomeado |
Óscar Carmona
| | 1928 - 1951
| Militar
| Eleito (presidiu até à sua morte) |
Craveiro Lopes
| | 1951 - 1958
| Militar
| Eleito e terminou o mandato |
Américo Tomás
| | 1958 - 1974
| Militar
| Eleito, re-eleito e deposto |
António de Spínola
| | 1974
| Militar
| Nomeado e exilado |
Costa Gomes
| | 1974 - 1976
| Militar
| Nomeado e terminou o mandato |
António Ramalho Eanes
| | 1976 - 1986
| Militar
| Eleito, re-eleito e terminou o mandato |
Mário Soares
| | 1986 - 1996
| Advogado
| Eleito, re-eleito e terminou o mandato |
Jorge Sampaio | | 1996 - 2006 | Advogado | Eleito, re-eleito e terminou o mandato |
Aníbal Cavaco Silva | | 2006 - | Economista | Eleito... |
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Quarta-feira, 4 de Julho de 2007
A Crise de 1383/1385
Como sabes, desde que Portugal foi fundado por D. Afonso Henriques, o nosso País sempre esteve envolvido em guerras com Castela.
Uma das épocas mais importantes desta longa guerra foi o episódio da Crise de 1383/85. Sem rei para governar Portugal, houve um momento complicado que, depois de ultrapassado, deu início à segunda dinastia de reis portugueses, a dinastia de Avis.
Mas comecemos do início...
O rei D. Fernando, estava há vários anos envolvido em pequenos conflitos com Castela por considerar que tinha direito ao trono do país vizinho, por ser neto de Sancho IV de Castela.
No entanto, a sorte nesta luta nunca esteve do seu lado, pelo que, após algumas batalhas perdidas (em 1369 e em 1381), o rei assinou um tratado de paz, que implicava o casamento de D. João I de Castela com a sua única filha, D. Beatriz.
Mas neste tratado, D. Fernando pôs também por escrito que este casamento não deveria trazer problemas de sucessão do trono português. Ele não queria que Portugal deixasse de ser independente.
D. Fernando morreu em 1383, no mesmo ano em que foi assinado o tratado. Apesar de D. Beatriz não poder reinar e só um filho seu (homem) com mais de 14 anos poder ser rei de Portugal, este facto veio trazer problemas.
Enquanto o filho de D. Beatriz não subisse ao trono, a pessoa responsável por reinar em Portugal seria a viúva de D. Fernando, D. Leonor Teles. Ela seria a regente do reino.
A população já andava muito insatisfeita por problemas agrícolas e por doenças como a peste. Por isso, quando D. Leonor Teles subiu ao poder, todos ficaram ainda mais insatisfeitos.
É que D. Leonor tinha como conselheiro um galego, o Conde Andeiro, e o povo tinha medo que ele viesse a favorecer o país vizinho (na altura, Castela: é que a Espanha ainda não existia).
Um grupo de nobres junta-se e decide matar o Conde Andeiro com a ajuda de D. João, Mestre de Avis, filho bastardo deD. Pedro I (pai de D. Fernando, o que tornava D. João irmão ilegítimo deste).
- Após a morte do Conde, D. Leonor Teles foi obrigada a sair da cidade de Lisboa, fugindo para Santarém, e foi depois pedir ajuda aos reis de Castela.
- Temendo uma invasão do exército castelhano, o povo de Lisboa reconhece o Mestre de Avis como "Regedor e Defensor do Reino" e a burguesia apoia-o com dinheiro, de modo a pagar as despesas da guerra.
- É claro que o rei de Castela não aceitou nada bem esta situação, uma vez que os "seus direitos" sobre Portugal estavam a ser ameaçados. Assim decide invadir Portugal e ocupa a cidade de Santarém.
- Para lutar contra esta invasão trava-se a Batalha dos Atoleiros, em Abril de 1384.D. Nuno Álvares Pereira lidera o exército português e vence os castelhanos usando a famosa táctica do quadrado que lhe voltou a dar a vitória na Batalha de Aljubarrota.
- Pouco tempo depois, em Maio, o rei castelhano voltou à carga e cercou a cidade de Lisboa. No entanto, o povo não se rendeu e o cerco foi levantado quatro meses depois, devido à peste.
- Após o regresso dos seus soldados, D. João de Castela preparou um poderosíssimo exército para uma nova investida. Ele não iria desistir tão facilmente!
- Perante esta situação, reuniram-se as cortes em Coimbra, onde se escolheu o Mestre de Avis como novo rei de Portugal.
- Ao tomar conhecimento desta decisão, o rei de Castela invadiu de novo Portugal.
A 14 de Agosto de 1385, as tropas portuguesas novamente lideradas por D. Nuno Álvares Pereira, derrotam os castelhanos na batalha de Aljubarrota.
- Finalmente, o rei de Castela desiste de invadir Portugal e assina-se um tratado de amizade com a Inglaterra (cujos soldados ajudaram na Batalha de Aljubarrota) onde os dois países prometem ajudar-se mutuamente.
- Este acordo foi reforçado com o casamento de D. João I com D. Filipa de Lencastre (originalmente, Lancaster).
Já ouviste falar da "Ínclita Geração"?
São todos os famosos filhos do casal: D. Duarte, D. Pedro, o Infante D. Henrique, D. Isabel, D. João, D. Fernando.
Quinta-feira, 28 de Junho de 2007
D. Pedro I e D. Inês de Castro
D. Pedro I foi o 8º rei de Portugal. Uns chamaram-no de Justiceiro outros de Cruel. Estas "alcunhas", ou cognomes, têm a ver com uma triste história de amor que viveu quando ainda era príncipe. Tens curiosidade? Então lê a história de D. Pedro e D. Inês de Castro, uma das mais famosas histórias de amor do mundo!
D. Pedro nasceu em 1320 e era filho de D. Afonso IV, que teve muitas dificuldades durante o reinado, nomeadamente por causa de pestes e maus anos agrícolas. Viveu também muitas guerras na conquista de África, por isso queria muito agradar o povo.
Tudo começou com o casamento de D. Pedro com uma princesa espanhola, D. Constança. Não existia amor entre os dois, uma vez que o casamento foi arranjado pelos pais. Foi nessa altura que D. Pedro conheceu D. Inês de Castro, uma das aias (dama de companhia) de D. Constança, por quem se apaixonou.
Esta ligação amorosa não foi nada bem vinda. Todos tinham medo que D. Inês, filha de um poderoso nobre espanhol, pudesse ter má influência sobre o príncipe. Assim, quando D. Constança morreu, D. Afonso continuou a condenar o namoro dos dois apaixonados.
De início, D. Afonso tentou afastá-los, proibindo D. Inês de viver em Portugal. Mas isto não resultou porque os dois pombinhos foram morar para a fronteira de Portugal e Espanha e continuavam a encontrar-se. Diz-se que se casaram nesta altura, mas ninguém sabe de certeza.
O rei estava muito preocupado porque via que o povo tinha medo da influência de D. Inês, além do mais não estava nada contente com as guerras e a fome que se viviam no reino. Assim se explica a decisão de D. Afonso IV de condenar D. Inês de Castro à morte, influenciado por dois conselheiros.
Sabias que o local onde D. Inês foi morte, em Coimbra, é hoje conhecido como a Quinta das Lágrimas? É um lugar onde os namorados se encontram.
Depois da execução de D. Inês de Castro, D. Pedro revoltou-se contra o pai e declarou-lhe guerra. Felizmente, a paz voltou graças à rainha-mãe, que evitou o encontro militar entre pai e filho.
Quando D. Pedro subiu ao trono, era muito cuidadoso com o povo, que gostava bastante dele. Mas uma das primeiras coisas que fez foi vingar a morte de D. Inês de Castro executando de modo cruel os ex-conselheiros do pai: mandou arrancar-lhes o coração! Dizia que era assim que se sentia desde que D. Inês tinha morrido.
O mais sinistro de toda a história é que D. Pedro elevou D. Inês de Castro a rainha já depois de morta e obrigou toda a corte a beijar-lhe a mão, ou o que restava dela (porque D. Inês já tinha morrido há dois anos).
Apesar de ter perdido o seu grande amor, D. Pedro voltou a casar-se e teve vários filhos, legítimos e ilegítimos. Dois deles chegaram a reis: D. Fernando e D. João I, Mestre de Avis.
Mandou depois construir o mosteiro de Alcobaça, onde fez um belo túmulo para D. Inês de Castro. Mesmo em frente mandou construir o seu, onde foi enterrado em 1367. Diz-se que estão nesta posição para que, quando acordarem no dia do Juízo Final, olhem imediatamente um para o outro.
A trágica história de D. Pedro e D. Inês inspirou poetas, escritores e compositores em Portugal e no estrangeiro. Camões foi um dos primeiros escritores a celebrar a lenda, em "Os Lusíadas".
Domingo, 24 de Junho de 2007
D. Dinis |
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- O rei D. Dinis foi o sexto rei da Primeira Dinastia, chamada Afonsina porque começou com o D. Afonso Henriques. Este rei governou em Portugal de 1279 a 1325. Reinar 46 anos é muito tempo! A esperança de vida nesta época era mais ou menos de 50 anos...
- "D. Dinis fez tudo o que quis", é uma expressão muito verdadeira. Começou a reinar com 18 anos e era muito responsável, pois foi educado desde sempre para governar.
- Uma das primeiras coisas que fez foi instaurar as chamadas Inquirições (não confundir com a Inquisição!). Esta medida não deixou o clero e a nobreza nada felizes, mas o rei não se importou.
- Cada rei tinha um cognome, uma espécie de alcunha pela qual ficavam conhecidos. D. Dinis era "O Lavrador".
- Era assim chamado por duas razões:
1. Desenvolveu a agricultura, dando terras para cultivar a quem não as tinha (mas apenas se as trabalhassem) e por transformar zonas de pântanos em terras próprias para a agricultura.
2. Mandou plantar o famoso pinhal de Leiria. Aliás, a verdade é que apenas substituiu os pinheiros mansos que já existiam por pinheiros bravos, de melhor crescimento e raízes mais fortes. Assim preveniu a erosão. |
- Para aumentar o comércio, D. Dinis promoveu as feiras francas, onde os comerciantes não pagavam determinados impostos. Por exemplo, não pagavam portagens, que já na altura eram caras.
- Também ajudou a incentivar o comércio com outros países e protegeu a exportação para a Europa de produtos agrícolas, peixe e sal (que tínhamos muito), em troca de tecidos.
- As ordens religiosas militares passaram a depender do rei, e foram substituídas pela Ordem de Cristo, que depois seria muito importante nos Descobrimentos.
- Na cultura também foi um dos reis que se distinguiu mais. Além de ser poeta, protegia os nossos escritores e fazia com que se guardassem todos os seus escritos no Estudo Geral de Lisboa.
- Por outro lado, fundou a Universidade de Coimbra, que foi durante muitos anos a única em Portugal! Foi a partir do seu reinado que todos os documentos passaram a ser escritos em português. Sabias que antes era tudo escrito em latim?
- D. Dinis foi muito inovador. Infelizmente nem todos concordavam com as suas ideias o que levou a algumas guerras com o irmão, o rei de Castela, e mesmo com o seu filho mais velho.
- Quem tentava sempre acabar com estes problemas era a rainha Santa Isabel, uma mulher muito religiosa e que se dedicava a ajudar os pobres e os inocentes. Dizia-se que fazia milagres, dos quais o Milagre das Rosas é o mais conhecido.
- D. Dinis nasceu em Santarém, em 1261, e morreu na mesma cidade em 1325. Foi sepultado no Mosteiro de Odivelas. Era filho de D. Afonso III e de D. Beatriz.
- Casou com D. Isabel de Aragão (um reino de Espanha) e teve dois filhos: D. Constança e D. Afonso, que veio a ser D. Afonso IV.
Quarta-feira, 20 de Junho de 2007
D. Afonso Henriques
D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal.
Fundou o reino de Portugal em 1143, quando o tornou independente dos reinos de Leão e Castela (ainda não existia a Espanha, na altura), fundando a primeira dinastia, a de Borgonha, que durou 244 anos.
Diz-se que D. Afonso Henriques era muito forte e alto, um facto pouco vulgar na época.
Sabias que, por se saber que ele era tão forte, até há lendas que dizem que a sua espada pesava mais de 5 quilos, o que faria com que, num combate, poucos homens conseguissem usá-la com sucesso sem um enorme esforço?
A lenda refere que eram precisos três homens para lhe tomar a espada, isto é, para o desarmar, tal era a valentia e a destreza com que D. Afonso a esgrimia.
O primeiro rei era filho de D. Henrique de Borgonha, que conquistou muito território aos muçulmanos.
Pela sua bravura, ele tinha sido recompensado com um grande território: o Condado Portucalense.
Como governava sozinho o Condado e tinha sido muito importante na reconquista aos mouros, D. Henrique quis tornar o Condado Portucalense independente.
Depois da sua morte, a sua mulher começou por seguir as suas ideias, mas começou a ser influenciada por um nobre castelhano.
Quem não gostou muito da ideia foi o D. Afonso Henriques, órfão desde muito novo, mas um grande admirador do pai.
Esta admiração foi-lhe transmitida pelo seu aio, o célebre Egas Moniz, que ficou encarregue da sua educação.
É então que decide lutar contra a mãe e contra os exércitos de Castela, na Batalha de S. Mamede, para tomar conta do Condado Portucalense transformá-lo num reino.
E conseguiu!
Sabias que o jovem D. Afonso Henriques se armou a si próprio cavaleiro em 1122, quando tinha apenas 14 anos de idade?
A partir da batalha de Ourique, em 1139, a autonomia de Portugal tornou-se cada vez mais fortalecida e reconhecida por todos.
Conta-se que aconteceu um milagre durante esta Batalha, que levou os portugueses a vencerem um exército muito maior do que o seu.
Um documento do Papa (a bula), muitos anos depois, confirmou finalmente Portugal como reino independente.
1ª bandeira portuguesa
O papa Alexandre III deu-lhe ainda o direito de conquistar territórios aos mouros para alargar o território nacional.
D. Afonso Henriques morreu em 1185, deixando ao filho, D. Sancho I, um território perfeitamente definido e independente: não apenas um Condado, mas já um verdadeiro Reino!
Terça-feira, 19 de Junho de 2007
Olá. Seja bem vindo!!!
A 19 de Junho de 1911, depois de se implantar a República, a Bandeira Nacional substituiu a Bandeira da Monarquia Constitucional.
E como é a nossa Bandeira?
A Bandeira Nacional é dividida na vertical com duas cores fundamentais: verde escuro do lado esquerdo (ocupando dois quintos) e encarnado à direita (ocupando três quintos).
E as suas cores? O que significam?
- o vermelho é uma cor de força, coragem e alegria, que representa o sangue derramado pelos portugueses;
- o verde, a cor da esperança e do mar, foi escolhida em honra de uma batalha onde esta cor deu a vitória aos portugueses.
Ao centro, sobre as duas cores, tem o Escudo das Armas Nacionais, e a Esfera Armilar Manuelina, em amarelo e avivada de negro.
Simboliza as viagens dos navegadores portugueses pelo Mundo, nos séculos XV e XVI.
E as restantes cores, significam o quê?
Parece que houve muitas discussões por causa delas!
Acabou por se decidir que: - o branco representa a paz;
- o Escudo lembra a defesa do território;
- as Quinas, a azul, representam as primeiras batalhas na conquista do País (diz-se que são os cinco reis mouros vencidos na Batalha de Ourique por D. Afonso Henriques);
- cada quina contém cinco pontos brancos: as cinco chagas de Cristo que ajudou D. Afonso Henriques a vencer esta batalha;
- os sete castelos amarelos representam os castelos tornados aos mouros por D. Afonso III.
Sabes o que significa a esfera armilar? Foi um símbolo que o Rei D. Manuel I escolheu para representar as descobertas marítimas.
Etiqueta que se deve cumprir com uma Bandeira
1. Ao ar livre, a bandeira iça-se ao nascer do sol e arria-se ao pôr-do-sol.
2. Deve ser içada com determinação e arriada com cerimónia.
3. Deve ser içada diariamente, desde que o tempo o permita, e em todos os feriados nacionais e datas comemorativas, nos edifícios públicos e de entidades nacionais - nos próprios edifícios ou perto deles.
4. Se é transportada com outra bandeira em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à direita da outra.
5. Se é transportada com outras bandeiras em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à frente da linha formada pelas outras bandeiras ou estandartes.
6. Nenhuma outra bandeira deve estar mais alta do que a bandeira nacional.
7. Quando é colocada numa janela ou noutro local semelhante, a parte verde deve estar à esquerda do observador.
8. Quando for colocada sem mastro junto a um orador deve estar atrás e por cima da sua cabeça.
A Bandeira ao longo dos Séculos
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- Mas como era a bandeira antes da República? Foi sempre igual durante os séculos ou foi mudando durante os anos?
- A bandeira da monarquia era azul e branca, dividida em partes diferentes tal como a nossa.
- Também tinha o brasão, chamado de "escudo nacional", e a esfera armilar.
- Mas havia outra diferença: a bandeira da monarquia tinha uma a coroa por cima do brasão. Claro que numa república não há coroas, por isso a nossa não a tem!
- O azul e o branco tinham sido escolhidos como "cores nacionais" há 200 anos. Mas essas cores já existiam na bandeira há centenas de anos!
- Observa:
| Bandeira do Conde D. Henrique, pai de D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal (1139-1143) | | Dom Afonso Henriques (1143-1185) | | Dom Sancho I (1185-1211) | | Dom Afonso III (1248-1279) | | Dom João, Mestre de Avis (1385-1433) | | Dom João II (1485-1495) | | Dom Manuel (1495-1521) Neste reinado usaram-se já bandeiras rectangulares com um brasão no centro em vez das bandeiras de armas quadradas. | | Dom Sebastião (1578) Foi usada também durante todo o domínio Filipino, apesar dos reis espanhóis usarem também a sua bandeira pessoal. | | Dom João IV (1640-1656) A única diferença está na parte de baixo do brasão que passa a ser arredondada. | | Dom Pedro II (1667-1706) Repara que a coroa tem mais duas hastes a segurá-la. É uma diferença muito pequenina, mas segue a moda das outras bandeiras europeias. | | Dom João V (1706-1750) | | Dom João VI (1816-1826) | | Rainha Dona Maria II (1833-1853), El-Rei Dom Pedro V (1853-1861), El-Rei Dom Luís (1861-1889), El-Rei Dom Carlos (1889-1908) e El-Rei Dom Manuel II (1908-1910) | | Bandeira também usada para representar a nação. Nota que já é parecida com a nossa, porque não está dividida exactamente ao meio. | | E finalmente a nossa bandeira nacional!
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Sexta-feira, 15 de Junho de 2007
Fundação de Portugal |
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- Antes de se tornar um país independente, Portugal era um pequeno território no norte da Península Ibérica e pertencia ao reino de Leão. Chamava-se Condado Portucalense.
- O Condado Portucalense era uma parcela de terra que ia do rio Minho ao rio Douro.
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| Conde D. Henrique | Foi entregue a um nobre francês, de nome Conde D. Henrique de Borgonha, como recompensa de ter ajudado o rei de Leão na "Reconquista Cristã", ou seja, a reconquistar território aos mouros.
O seu senhor (o conde) tinha alguma autonomia e liberdade de movimentos apesar de continuar a prestar vassalagem ao seu rei.
- O problema é que muitos dos senhores dos condados queriam ter mais autonomia e, talvez, até tornarem-se reis.
Assim, o Conde D. Henrique tentou tudo para conseguir maior autonomia para o seu território, apoiado por outros nobres. Mas, em 1112, D. Henrique morreu: será que o seu esforço de tornar o reino independente morria consigo?
- Felizmente, o seu filho Afonso Henriques (o futuro primeiro rei de Portugal) não queria deixar este sonho morrer e decidiu prosseguir com a política do pai.
- Apesar de D. Afonso ser muito corajoso, a tarefa de tornar o condado independente foi muito complicada. Senão repara:
- Era necessário combater o rei de Leão, a norte, para ficar com o território independente.
- Era necessário alargar o condado para sul contra os muçulmanos - prosseguir a Reconquista.
- E era preciso arranjar maneira que o futuro reino de Portugal fosse reconhecido pelos outros reinos, principalmente pelo Papa.
É que, no século XI, o Papa era mais importante que os reis e todos respeitavam as suas decisões e opiniões.
E foi esta a política de D. Afonso Henriques para fundar o reino de Portugal! |
Como já viste, o nosso País teve um nascimento complicado...
D. Afonso Henriques tinha, então, entre outras, três tarefas principais a cumprir para atingir os seus objectivos. E ele procedeu deste modo:
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Batalha de S. Mamede |
1. Para combater o rei de Leão reuniu em torno de si os nobres portucalenses, também eles desejosos de independência. D. Afonso travou várias batalhas contra os exércitos leoneses.
Isso fez com que, finalmente, em 1143, no tratado de Zamora, o rei de Leão reconhecesse Afonso Henriques como rei de Portugal. Foi uma importante vitória.
2. Na luta contra os muçulmanos, a sul, as coisas também não foram fáceis. O avanço era muito lento e difícil porque o inimigo era muito forte.
Mas, em 1139, conseguiu uma vitória muito importante na batalha de Ourique, onde todas as possibilidades de ganhar estavam do lado dos mouros.
Sabias que a partir daí D. Afonso Henriques passou a intitular-se "rei de Portugal"? Entretanto, as suas conquistas foram prosseguindo e o território foi-se formando e crescendo.
3. E como se conseguiu o reconhecimento do Papa? Bom, isso foi só em 1179, através de uma bula chamada: Manifestis Probatum.
Era, enfim, o reconhecimento imprescindível para que Portugal passasse a ser uma nação independente.
Quando D. Afonso Henriques morreu tinha sido concretizado um sonho.
O reino estava formado (faltava apenas o Algarve), apesar de alguns contra-ataques muçulmanos; o rei de Leão reconheceu Portugal como reino independente e o Papa também.
As conquistas do resto do País e a definição total do território português prosseguiram com os herdeiros de D. Afonso Henriques. Mas foi só com D. Afonso III se conquistou o Algarve, em 1249.
Como vês, a meio do século XIII, Portugal já tinha praticamente o mesmo território que actualmente.
Sabias que, por causa disso, Portugal é a nação com as fronteiras mais antigas da Europa?